O Sistema Auditivo Humano

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Ele é composto por três partes principais

Ouvido externo:

composta pela orelha (pavilhão auricular), pelo canal auditivo e pela membrana do tímpano, que converte o som em vibração e captura as ondas sonoras, direcionando-as para o ouvido médio.

Ouvido médio:

também conhecido como caixa timpânica, é nele que encontramos pequenos ossos – martelo, bigorna e estribo – responsáveis por amplificar as vibrações 20 vezes e transmiti-las para o ouvido interno.

O ouvido médio ainda conta com a trompa de Eustáquio, um canal responsável por estabelecer o contato com a rinofaringe e manter uma pressão (do ar de fora do ouvido e de dentro) constante na região, já que essa trompa se abre e fecha constantemente.

Ouvido interno (ou labirinto):

é formado pela cóclea, que tem formato de caracol e é composta por membranas repletas com um fluido que estimula as células nervosas internas, convertendo as ondas de pressão em sinais sonoros que o cérebro pode entender.

Como funciona a audição

Para exemplificar, vamos acompanhar o longo caminho que a informação sonora precisa percorrer durante o processo da audição:

    1. O som é recebido e encaminhado pelo conduto auditivo, fazendo vibrar a membrana do tímpano e os minúsculos ossos do ouvido médio (martelo, bigorna e estribo), amplificando o som;
    2. Essa vibração chega à cóclea e, estimulando as células sensoriais, converte o som em sinais elétricos que são enviados ao nervo auditivo;
    3. Os sinais elétricos são recebidos de ambos os ouvidos e encaminhados pelos dois nervos auditivos ao cérebro, viajando pelo cérebro e sendo decodificados em informação durante o percurso;
    4. O córtex auditivo processa a informação sonora.
Você sabia?

Você ouve com seu cérebro, não somente com as orelhas. Elas captam os sons de forma que o cérebro possa identificar, localizar e decidir que sons escutar.

Caso você tenha uma perda auditiva, as orelhas têm dificuldades de captar os sons de forma que o cérebro tenha que preencher essas lacunas. É difícil acompanhar conversas e viver a vida de forma totalmente plena. Isso é muito frustrante e cansativo.

Perda auditiva

Sabia que 1 a cada 2 adultos na faixa dos 50 anos passa por perda auditiva? A perda auditiva é muitas vezes inevitável e parte natural da vida. E só será um problema se você não fizer nada em relação a isso.

Ter perda auditiva não significa que você perdeu sua audição, e isso não vai evitar que você aproveite a vida. Os aparelhos auditivos de hoje não possuem nenhuma semelhança com os de antigamente. Eles são pequenos, discretos e personalizados.

A perda auditiva pode ter diversas causas, acontecer em qualquer idade ou fase da vida e, nesses casos, a informação sonora chega – ou não chega – de forma incompleta ao cérebro. Pode acarretar problemas emocionais e psicológicos, dificuldade de aprendizado, alterações de fala e solidão.

Confira alguns sintomas, se você:

Coloca a TV ou o rádio em volume mais alto do que as outras pessoas de seu círculo familiar.

Tem dificuldades em entender conversas com ruídos ao fundo.

Tem dificuldades em acompanhar conversas em grupo.

Sempre pede aos outros para repetirem o que estão falando.

Tem amigos ou familiares que dizem que você não está ouvindo bem.

Sofre com zumbidos no ouvido.

Por isso, caso note sintomas que indiquem qualquer sinal de deterioração da audição, busque ajuda.
Tipos de perda auditiva
Condutiva
Acontece por algum comprometimento da orelha externa e/ou média, evitando que o som alcance a orelha interna.
Neurossensorial
Problemas com as células auditivas e também alguma distorção no processamento dos sinais do som pelo cérebro. Normalmente, a perda auditiva permanente é tida como neurossensorial por ser difícil estabelecer exatamente como a cóclea e o cérebro contribuem para o problema auditivo.
Mista
Combinação das perdas condutiva e neurossensorial. Neste caso, além de problemas com a orelha interna, o som não chega normalmente à orelha externa e/ou média para a interna.

Prevenção

Durante as nossas atividades diárias, somos expostos a diversos fatores que ameaçam a nossa saúde auditiva. A exposição a sons de 85 dB SPL ou em níveis mais intensos pode causar danos irreversíveis à audição, mas algumas medidas simples podem ser adotadas para evitar possíveis danos.

Procurar um médico Otorrinolaringologista sempre que apresentar queixa de dor, dificuldade auditiva e zumbido.

Não utilizar hastes flexíveis para limpeza da orelha.

Evitar se expor a sons altos por período prolongado.

Usar Equipamento de Proteção Individual (EPI) em locais de trabalho onde o ruído exceder os limites permitidos.

Não utilizar medicamentos sem indicação médica.

O que esperar da primeira consulta

Se você percebeu alguns sintomas e agendou a consulta com um otorrinolaringologista, é hora de fazer alguns exames.

Audiometria

A Audiometria é o principal teste a ser realizado, considerado padrão ouro da avaliação da audição, uma vez que por meio deste teste é possível definir a presença da deficiência auditiva e caracterizá-la quanto ao tipo, grau e configuração audiométrica.

Ela é fundamental para o processo de diagnóstico audiológico e determina os limiares auditivos comparando esses valores com os padrões de normalidade, usando como referência o tom puro. A audiometria tonal liminar determina a frequência (Hz) e a intensidade (dB) com que os sons podem ser detectados na faixa de 20 a 20.000 Hz.

Audiograma

Audiograma é um gráfico que mostra a percepção do ouvido a sons variados. Ele é o resultado da audiometria que é realizada por um fonoaudiólogo capacitado que encontrará o limiar audiométrico do paciente.

O audiograma apresenta um eixo com frequência e outro com intensidade: na vertical encontram-se as intensidades (medida em decibel) e na horizontal as frequências (medidas em Hz).

Para que se possa determinar os limites auditivos dos indivíduos e determinar a existência de algum comprometimento auditivo é fundamental que esta avaliação seja realizada em ambiente, silencioso e com audiômetro calibrado de acordo com padrões internacionais.